Dando continuidade ao seu trabalho de fiscalização de atos do Poder Executivo, na sessão plenária desta segunda-feira (20), o deputado estadual Soldado Fruet (PROS) voltou a questionar práticas da Copel (Companhia Paranaense de Energia) e também trouxe à tona denúncias envolvendo outros órgãos estaduais, como a Funeas (Fundação Estatal de Atenção em Saúde do Estado do Paraná), a Sejuf (Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho) e a Casa Militar.
O Soldado Fruet reiterou ao Líder do Governo que espera as informações que pediu à Copel, já que o deputado Hussein Bakri (PSD) aprovou requerimentos de outros deputados à empresa, de teor semelhante aos seus que foram derrubados pelo parlamentar. O Líder do PROS relatou que, após ter dedicado as três sessões plenárias da última semana para falar da Copel, o assunto não acabou. Ele recebeu mais de 600 mensagens, de várias cidades do Paraná e de diversas classes profissionais.
“Aos poucos, as denúncias estão sendo apuradas pela minha equipe e, posso antecipar, já temos laços de parentescos de nomes ligados a importantes gabinetes localizados no Palácio Iguaçu. Oportunamente traremos detalhes e tomaremos as providências necessárias”, informou. Mas, segundo o Soldado Fruet, “apesar de todos os nossos apelos, o alto escalão da Copel não está nem aí para o povo paranaense”. Ele contou que “na última sexta-feira, às 14 horas, os conselheiros da empresa, aqueles que ganham até R$ 30 mil por uma reunião mensal, realizaram às pressas uma reunião extraordinária e aprovaram o repasse de R$ 1.436.638.555,91 aos acionistas”.
CABIDE DE EMPREGOS – O deputado também lamentou a situação da Funeas, que recebe quase R$ 1 bilhão por ano em repasses do Estado para administrar alguns hospitais, como o Hospital Infantil Waldemar Monastier. “Mas, como todo órgão de administração indireta do Estado, a Funeas também virou um cabide de empregos políticos. É uma festa com o dinheiro público, mas estamos analisando alguns contratos de gestão e de serviços e, em breve, apresentaremos nossas conclusões a respeito dessa fiscalização”, disse.
PROPAGANDA – Outro ato do Estado criticado pelo Soldado Fruet foi o termo de cooperação assinado na última semana pela SEJUF com a Secretaria de Estado da Comunicação Social (SECS) destinando quase R$ 2,5 milhões para divulgação do Cartão Futuro. “Poderiam pagar 8 mil cartões com esse dinheiro, que é torrado com propaganda, e, pior, os recursos estão saindo do Fundo da Infância e Adolescência, motivo pelo qual estaremos questionando o TCE e o Ministério Público sobre a legalidade de seu uso, pois esses recursos deveriam ser utilizados integralmente na proteção dos direitos das nossas crianças e adolescentes e não em publicidade veiculada na imprensa amiga”, apontou.
DOAÇÃO DE AVIÕES – Ao finalizar seu discurso, o Soldado Fruet manifestou preocupação com a doação de duas aeronaves Seneca ao Governo do Mato Grosso do Sul, como publicou a Casa Militar no Diário Oficial desta segunda-feira. “Mesmo que fossem inservíveis, que não são, pois até recentemente essas aeronaves faziam transporte de órgãos para transplantes, poderiam ser vendidas por, no mínimo, R$ 1 milhão, que seriam usados na segurança pública”, ponderou.