Terra das Cataratas: IMPACTO DA PANDEMIA GERA CRISE PARA A HOTELARIA E GASTRONOMIA

Hotelaria de Foz do Iguaçu amarga uma crise histórica com a queda de ocupação para 38% em 2020, e que segue muito baixa em 2021. Empresários esperam por apoio do governo municipal.

Levantamento realizado pelo Sindhotéis confirma a grave situação que vem desde o ano passado e se arrastada em 2021. A média de ocupação na rede hoteleira de Foz do Iguaçu caiu para 38% em 2020, uma crise histórica para o setor.

Diante da gravíssima crise, a hotelaria e a gastronomia estão pedindo socorro do Município, mas o prefeito Chico Brasileiro (foto ao lado), até agora, parece ignorar as reivindicações.

Os empresários pedem implantação dos benefícios possíveis ainda em 2021 e que o prefeito envie já os projetos de lei à Câmara para mudanças que só podem ser colocadas em vigor no próximo ano. Exemplos prático do que se crê como “abuso tributário”, são à Taxa de Verificação de Funcionamento Regular (TVFR), Imposto Predial, o Territorial Urbano (IPTU) e taxa de publicidade.

Os valores, antes compatíveis com a realidade local, hoje são praticamente impossíveis de serem pagos diante da crise no Turismo.

DESCONTO MAIOR NO IPTU E REDUÇÃO DO ISS

O setor reivindica a ampliação do desconto do pagamento à vista também para os parcelamentos de tributos municipais. Em relação ao IPTU, por exemplo, pede-se a manutenção do desconto de bonificação mesmo se, neste ano, o valor seja pago parcelado. Em relação do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), pede-se a redução da alíquota de 5% para 3%, como era até 2015.

TAXA DE OCUPAÇÃO DESPENCOU

Entre 2017, 2018 e 2019 a média de ocupação nos hotéis de Foz estava em torno de 60% de ocupação dos apartamentos. Um bom índice considerando os 180 meios de hospedagens na cidade, entre hotéis, resorts, pousadas, motéis, albergues etc, que totalizam 30 mil leitos, aproximadamente.

A queda para 38,7% em 2020 confirma aquilo que o setor vinha alertando desde o começo da pandemia: a categoria está numa crise profunda, com grandes prejuízos financeiros, fazendo com que boa parte do empresariado contraia empréstimos, além de “malabarismos” para não demitir funcionários e fechar as portas em definitivo.

MUITO ABAIXO DO MÍNIMO PARA CUSTEAR O OPERACIONAL

Um hotel, em média, precisa de, pelos menos, 50% de ocupação média no mês para garantir os custos de sua operação, conforme a relação receita x despesas. Com 38,7% de ocupação, não precisa ser adivinho para saber que estamos no vermelho há quase um ano, no fundo do poço, sem perspectivas de respiro.

A situação é ainda mais caótica nos casos de estabelecimentos do tipo pousadas e albergues, que fecharam o ano de 2020 com ocupação na casa de apenas 30%.

MOVIMENTO INSIGNIFICANTE AGRAVA CRISE

“Importante destacar que tivemos movimento zero ou mesmo próximo de zero de abril a agosto, ou seja, por cinco meses seguidos. Somente no último quadrimestre, de setembro a dezembro, registramos sinais mínimos de retorno dos hóspedes, porém em índices inexpressivos”, consta em nota divulgada pelo Sindihotéis, presidido pelo empresário Neuso Rafagnin (foto ao lado).

Proposta – A hotelaria e a gastronomia de Foz do Iguaçu defendem a flexibilização em tributos para socorrer Turismo e evitar falências no setor.

Em recente reunião com representantes da prefeitura e Câmara Municipal para debater alternativas para superar a crise, o setor fez uma série de reivindicações.

(Da Redação com informações do Sindhotéis)

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