Futebol Brasileiro: LIGA OUVE MERCADO E QUER PROFISSIONALIZAR PROCESSOS SEM QUE CBF INTERFIRA

A ideia é ouvir empresas que são referências no mercado em diferentes áreas enquanto o grupo é formalizado.

A reunião feita em São Paulo para a consolidação de processos da nova Liga marca mais um importante passo na consolidação dos clubes no comando do futebol brasileiro. O projeto que não será abandonado é de profissionalizar todas as decisões e não permitir que a interferência política da CBF ou mesmo dos clubes desviem o foco do coletivo de 40 participantes.

A ideia é ouvir empresas que são referências no mercado em diferentes áreas enquanto o grupo é formalizado. Na segunda, houve apresentações de grupos como a KPMG, a McKinsey e da LiveMode que deram ideias sobre processos de governança, compliance, rentabilização do produto e negociação de direitos de transmissão, enre outros. No próximo encontro, estão agendadas apresentações de outras empresas como a Ernst & Young e CVC.

O escritório de advocacia de André Sica, que tem como clientes o Palmeiras e o Red Bull Bragantino, está à frente nos diálogos. Ele também tem cargo na Federação Paulista de Futebol.

Vários representantes de clubes estiveram presentes como Julio Casares, pelo São Paulo, Andrés Rueda, pelo Santos, Maurício Galiotte, pelo Palmeiras, Guilherme Bellintani, pelo Bahia, Rodolfo Landim, pelo Flamengo, Romildo Bolzan, pelo Grêmio, e Alessandro Barcellos, do Internacional, Duílio Monteiro Alves, pelo Corinthians, que ainda convidou o ex-presidente Andrés Sanchez.

Não houve a participação de nenhum representante da CBF, embora o discurso seja de que sempre haverá diálogo com a entidade que atualmente cuida do futebol no país. Em crise política, os diretores e vices se preocupam bastante com os próximos passos para a sucessão ou o eventual retorno de Rogério Caboclo ao poder.

Com a Liga, os clubes querem já tomar o comando do Brasileirão a partir de 2022, cuidando de itens como regulamento, rentabilização do torneio, calendário e venda de direitos. Eles também querem diminuir a importância das federações nas decisões políticas da CBF.

(Da Redação com UOL)

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