O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou nesta terça-feira (14) um pacote de grandes aumentos de tarifas sobre uma série de importações chinesas, incluindo veículos elétricos, chips de computador e produtos médicos, arriscando um impasse em ano eleitoral com Pequim em uma tentativa de cortejar eleitores que atribuem notas baixas às suas políticas económicas.
Biden manterá as tarifas impostas pelo seu antecessor republicano, Donald Trump, enquanto aumentará outras, disse a Casa Branca num comunicado, citando “riscos inaceitáveis” para a “segurança económica” dos EUA, representados pelo que considera práticas chinesas injustas que estão a inundar os mercados globais com mercadorias baratas.
As novas medidas impactam US$ 18 bilhões em bens importados da China, incluindo aço e alumínio, semicondutores, baterias, minerais essenciais, células solares e guindastes, disse a Casa Branca. O anúncio confirmou reportagens anteriores da Reuters.
Os Estados Unidos importaram US$ 427 mil milhões em bens da China em 2023 e exportaram US$ 148 mil milhões para a segunda maior economia do mundo, de acordo com o Gabinete do Censo dos EUA, uma lacuna comercial que persiste há décadas e se tornou um assunto cada vez mais sensível em Washington.
“A China está a utilizar o mesmo manual de antes para impulsionar o seu próprio crescimento à custa de outros, continuando a investir, apesar do excesso de capacidade chinesa e da inundação dos mercados globais com exportações que estão subvalorizadas devido a práticas injustas”, disse a Conselheira Económica Nacional da Casa Branca, Lael Brainard, aos repórteres em uma teleconferência.
d