Foz do Iguaçu: CONFIRMADO. MUNICÍPIO TEM A MAIOR INCIDÊNCIA DE COVID DO PARANÁ E PODERÁ PASSAR DE 1 MIL MORTOS NESTE MÊS

Dados foram confirmados em estudos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em conjunto com as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e de Sergipe (UFS).

Dados divulgados pela Vigilância Epidemiológica, considerando apenas a cidade de Foz do Iguaçu, em 48 horas foram registrados mais 222 novos casos confirmados e 14 óbitos. Com 258 mil habitantes, o município acumula, desde o início da pandemia, 38.746 casos confirmados e 953 mortos, e poderá passar, segundo projeções estatísticas, de 1 mil mortes ainda neste mês de junho.

O índice de óbitos, somente no município, é de 369 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes. Administrada prefeito Chico Brasileiro e tendo a frente da secretaria municipal de Saúde a esposa do alcaide, Rosa Jerônymo, Foz, há muito, alcançou os piores números da pandemia entre todos os municípios do Estado.

administrada pelo prefeito Chico Brasileiro e que tem a frente da secretaria municipal de Saúde sua esposa, Rosa Jerônymo

GRÁFICO MOSTRA SITUAÇÃO GERAL DA PANDEMIA EM FOZ NO DIA 10-06-2021:

GRÁFICO OFICIAL SITUAÇÃO GERAL DA PANDEMIA EM FOZ NO DIA 11-06-2021:


REGIONAL

Ao analisar os dados do Paraná, pesquisadores concluíram que a regional de Foz do Iguaçu é a mais acometida pela pandemia em incidência de casos e em taxa de mortalidade. A cada cem mil pessoas, aproximadamente 14 mil se contaminaram com o coronavírus e 292 faleceram em decorrência da doença na região. É o que confirmam os estudos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em conjunto com as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e de Sergipe (UFS).

Seguindo Foz de Iguaçu na taxa de mortalidade está a regional de Paranaguá. De acordo com os registros, a cada cem mil habitantes da região, cerca de 11.500 se infectaram e 286 morreram. Já em incidência de casos, é a regional de Telêmaco Borba que ocupa a segunda posição, com mais de 12 mil ocorrências a cada cem mil pessoas. Contudo, o número de óbitos é menor, 259, fazendo com que o local fique atrás das regionais de Apucarana e Cornélio Procópio, além de Paranaguá e Foz do Iguaçu.

A ferramenta utilizada nos estudos foi criada por estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em conjunto com as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e de Sergipe (UFS).

INCIDÊNCIA NA CAPITAL

Na capital, constatou-se que a região do Pinheirinho, na zona sul de Curitiba, é a mais afetada pela pandemia do novo coronavírus tanto na incidência de casos quanto na taxa de mortalidade. A ferramenta aponta que, a cada cem mil habitantes, quase 13 mil foram infectados pelo novo coronavírus na região do Pinheirinho, que engloba esse e outros bairros próximos.

Com relação à taxa de mortalidade por Covid-19, a região do Pinheirinho também lidera com cerca de 365 mortes a cada cem mil habitantes. Em segundo lugar nesse aspecto está o distrito sanitário do Boqueirão, com 306 falecimentos. Santa Felicidade permanece no último lugar, com 205 registros a cada cem mil pessoas. Os dados utilizados nessas projeções são de 1º de junho.

O estudo foi feito através da análise dos dados do Portal Monditerv Paraná Covid-19, realizado pela Rede Cooperativa de Pesquisa em Modelagem da Epidemia de Covid-19 e Intervenções não Farmacológicas (Modinterv).

O novo projeto se trata de um modelo matemático que compila dados publicados pelas secretarias municipal e estadual de saúde e pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O programa disponibilizará, ao público em geral, informações da curva epidemiológica da pandemia em diversas localidades do estado do Paraná, além de dados detalhados do avanço da vacinação dos paranaenses.

O fato de o bairro Pinheirinho e seus arredores serem os mais afetados pela pandemia está relacionado ao número de pessoas que circulam diariamente por essa região. Para Maria Carolina Maziviero, professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPR, o terminal do Pinheirinho, responsável pela integração com municípios da região metropolitana como Fazenda Rio Grande e Araucária, pode ser um dos principais focos de disseminação do vírus.

“É fundamental prever intervenções rápidas e baratas nos terminais para mitigar a transmissão do coronavírus, além de ser imprescindível a revisão da gestão e do financiamento do transporte coletivo de modo a evitar as superlotações”, completa a arquiteta, que também integra o grupo interdisciplinar Ação Covid-19  e é uma das idealizadoras da iniciativa Paraná Contra a Covid-19

Além da circulação de pessoas, pesquisadores brasileiros do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) publicaram um estudo na revista The Lancet que demonstrou como a desigualdade social tem papel decisivo em mortes e em casos de Covid-19 no Brasil, uma vez que a população mais vulnerável tem menos acesso a saneamento básico e outros direitos básicos.

Os menores índices foram encontrados nas regiões do Cajuru e de Santa Felicidade, com nove e oito mil contaminados a cada cem mil habitantes, respectivamente.

 


DEPOIS DE TRÊS MESES, UNIDADES ONDE SÓ SE FAZIA TRIAGEM, FINALMENTE VÃO COLETAR MATERIAL PARA TESTE

Cinco unidades vão fazer o serviço que deveria ocorrer desde o início da requisição e as outras cinco estarão liberadas para retomar os atendimentos de rotina

Partiu da secretária de saúde e primeira-dama do Município, Rosa Jerônymo, a ordem absurda para requisitar 10 unidades de saúde, suspendendo todos os demais serviços, para tão somente realizar uma simples triagem de pacientes com algum sintoma de Covid. Passaram-se três meses nessa perda de tempo e total ineficiência. Com medo de represálias, nenhum vereador ou político da base de governo contestou a presepada da primeira-dama. O IGUASSU News  denunciou o caso no mês passado.

Finalmente, nesta sexta-feira, 11, a Secretaria de Saúde anunciou que das dez unidades cinco vão passar a coletar material para teste de Covid evitando que a pessoa fique circulando de um lado a outro da cidade para fazer a coleta de material, outro procedimento simples. As unidades são: UBS Vila C Velha; UBS Lagoa Dourada; UBS 24h Padre Ítalo; UBS Jardim São Paulo I e UBS Vila Yolanda. Das cinco unidades, apenas a UBS Vila Yolanda continuará recebendo pacientes de rotina, que terão acesso em outra entrada. Nas demais, os atendimentos serão exclusivos para a Covid-19.

As unidades passarão a realizar a triagem, coleta de exames, avaliação clínica e distribuição de remédios, caso seja necessário, para os sintomas apresentados. Dessa forma os locais de testagem passam de dois para sete, com o Hospital Municipal Padre Germano Lauck e a UPA/Morumbi.

De acordo com a diretora de Atenção Básica, Jaqueline Tontini, todos os profissionais das unidades escolhidas já receberam a segunda dose da vacina, além de passarem por uma capacitação para a realização da coleta e receberem equipamentos de segurança.

“Em todas essas mudanças seguimos com o modelo de atendimento preconizado pelo Ministério da Saúde, que é o fast-track. Com ele podemos ter informações rápidas sobre os casos e evitar que o paciente circule por outras unidades e farmácias. Assim realizamos todo o atendimento necessário na unidade”, relata Jaqueline.

Outras seis Unidades Básicas de Saúde que estavam desde março realizando atendimentos para casos de coronavírus voltam a receber apenas pacientes para consultas de rotina e também para vacinação contra a Covid-19. São elas: UBS Profilurb II (Região Sul); UBSs do Morumbi II e Jardim São Roque (Região Leste); UBS São João (Região Nordeste) e UBSs Jardim Jupira e Cidade Nova (Região Norte).

(Da Redação com AMN e RIC Mais)

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