Desde que a ex-presidente Dilma Rousseff sofreu impeachment em 2016, o Partido dos Trabalhadores (PT) tem optado por inserir citações mínimas sobre ela em seus comerciais. Entretanto, para a campanha eleitoral do ex-presidente Lula deste ano, a sigla decidiu mudar sua tática.
A petista estará presente nas peças produzidas pelo marqueteiro Augusto Fonseca, contratado para trabalhar na campanha. Também como parte da estratégia, Lula encomendou ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega a elaboração de um documento com uma defesa da gestão Dilma e o reconhecimento de seus equívocos.
Dilma não aparecerá em todos os comerciais, mas o secretário de Comunicação do PT, Jilmar Tatto, confirmou que ela estará nos spots. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, também deve ter destaque.
Vale lembrar que Dilma foi deixada de lado na campanha presidencial de 2018, tanto no período em que Lula era candidato como depois, quando a chapa foi assumida por Fernando Haddad.
De acordo com o PT, os índices de rejeição da ex-mandatária constatados em pesquisas eram muito altos naquele ano, e os eleitores atribuíam a ela responsabilidade pelos problemas econômicos enfrentados pelo país.
No fim de janeiro, em reunião com Lula e membros do partido, Dilma teria dado um recado bem claro aos petistas: ainda que a legenda quisesse escondê-la na campanha, a ex-presidente defenderia o próprio governo publicamente sempre que julgasse necessário, conforme noticiado.
A propaganda do PT começará a ir ao ar no dia 24 e se estenderá até 17 de maio. A sigla tem direito a 20 minutos de propaganda partidária distribuídos em spots de 30 segundos.
Dilma, que em 2018 se candidatou ao Senado por Minas Gerais, disse que não concorrerá a qualquer cargo na eleição deste ano.
(Com Sputnik)