Um buraco negro de 6,5 bilhões de massas solares, localizado no centro da M87, libera um jato de plasma que se estende por seis mil anos-luz.
Contudo, os cientistas não sabem como o jato é alimentado, em que circunstâncias é formado e como é capaz de permanecer estável mesmo a tal distância gigantesca.
Para compreender o jato, físicos teóricos da Universidade Goethe de Frankfurt, junto com outros cientistas da Europa, EUA e China, projetaram detalhadamente a área do disco de acreção do buraco negro no centro da M87, de onde o jato é lançado.
Os cientistas criaram modelos detalhados em um supercomputador que permitiu examinar uma versão virtual do buraco negro.
Pesquisadores detectam o 1º exemplo já observado de um vento galáctico titânico impulsionado por um buraco negro supermassivo há 13,1 bilhões de anos https://t.co/hblrCraoYe
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) June 13, 2021
Pesquisadores detectam o 1º exemplo já observado de um vento galáctico titânico impulsionado por um buraco negro supermassivo há 13,1 bilhões de anos https://t.co/hblrCraoYe
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Utilizando simulações de um supercomputador 3D, foram resolvidas simultaneamente as equações da relatividade geral de Albert Einstein, bem como as equações do eletromagnetismo de James Maxwell e as equações de dinâmica de fluídos de Leonhard Euler.
O modelo ficou alinhado notavelmente com observações reais do objeto registradas pelos cientistas, sugerindo que o modelo está correto e que as teorias sobre seu nascimento e vida estão corretos, segundo o Independent.
“O fato de as imagens que calculamos estarem muito próximas das observações astronômicas é outra confirmação de que a teoria da relatividade geral de Einstein é a explicação mais precisa e natural da existência dos buracos negros supermassivos no centro das galáxias […]”, afirmou o professor Luciano Rizzola, do Instituto de Física da Universidade Goethe.
De acordo com o autor do estudo, Alejandro Cruz-Osorio, “o modelo teórico da emissão eletromagnética e do jato morfológico da M87 corresponde às observações no espectro de rádio, óptico e infravermelho”.
“Isso indica que o buraco negro supermassivo da M87 está provavelmente girando a grande velocidade e que o plasma está fortemente magnetizado no jato, acelerando as partículas a escalas de milhares de anos-luz”, concluiu.